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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ÓLEO CHEGA A PRAIA DO BONFIM

O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea) divulgou neste domingo que parte do óleo que vazou do navio Cidade de São Paulo na última sexta-feira atingiu a praia do Bonfim, em Angra dos Reis. Após dois sobrevoos de helicóptero realizados hoje pela baía de Ilha Grande, no litoral sul fluminense, a presidente do Inea, Marilene Ramos, e o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, constataram que ainda existiam duas pequenas manchas de óleo no mar provenientes do vazamento.

Uma equipe do Inea especializada em acidentes foi deslocada à praia do Bonfim para evitar danos maiores ao meio ambiente. Ao descer do helicóptero do governo estadual, Minc afirmou que a Modec Serviços de Petróleo do Brasil, dona do navio de onde vazaram cerca de 10 mil litros de óleo na última sexta-feira, “foi instada” a limpar imediatamente as áreas de praia e costão atingidos pelo óleo em Angra dos Reis.

Segundo Minc, o fato de parte do óleo derramado ter atingido uma praia de Angra deverá “repercutir” no valor da multa a ser aplicada à empresa e no cálculo do dano ambiental causado na região – que deverá subsidiar eventual ação indenizatória contra a empresa. Ontem, o Inea havia estimado o valor inicial da multa em R$ 10 milhões. O Inea aguarda o relatório da Capitania dos Portos sobre as causas do acidente e o volume vazado para definir o valor final da multa.
Na sexta-feira passada, cerca de 10 mil litros de óleo vazaram do navio Cidade de São Paulo, da Modec, que seguia para o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, para ser adaptado e transformado em navio-plataforma, para operar em atividades de extração de petróleo na Bacia de Campos. Hoje pela manhã, para avaliar a situação do vazamento, a presidente do Inea, um fiscal do órgão ambiental e um representante da Modec sobrevoaram a região.

Durante o sobrevoo, Marilene observou que a embarcação continuava fundeada onde ocorreu o vazamento, entre a Ilha Grande e o litoral de Paraty, aguardando ser periciada pelas autoridades ambientais. Além disso, a presidente avisou no mar, próximo à ilha dos Porcos, duas manchas de pequena extensão, com larguras entre 150 m e 200 m. A ilha dos Porcos é de propriedade do cirurgião plástico Ivo Pitangui.

Em um segundo sobrevoo, ao se aproximar da ilha dos Porcos, Carlos Minc também pode observar “uma mancha bem pequena”, já se diluindo e misturando com plânctons e algas no mar. A Modec realizava operação de dispersão das manchas com a técnica de jateamento de água.
Após constatar a presença de óleo em Angra dos Reis, Minc voltou a chamar a atenção para a importância da criação da Área de Proteção Ambiental marinha da baía da Ilha Grande, com regras mais fortes de fiscalização e de controle das atividades econômicas na região. Segundo ele, o governador Sérgio Cabral já “deu o ok” para a criação da APA marinha. Neste sentido, um decreto estadual criando a área de proteção marinha deverá ser assinado até o final de janeiro.

Com a criação da APA, haverá um plano de manejo para controle de atividades econômicas, como estaleiros e terminais de petróleo, para que se harmonizem com outros setores importantes da economia local. “Não queremos engessar a economia da região, mas o crescimento de algumas atividades, como a do petróleo, não pode inviabilizar outras atividades importantes, como o turismo e a pesca, e a preservação de espécies marinhas, como a dos golfinhos”, afirmou.

Minc afirmou que uma consulta feita pela Petrobras para ampliar as instalações do seu terminal de navios petroleiros em Angra, o Tebig, “já foi negada”. Além disso, a secretaria também negou o pedido de licenciamento ambiental da multinacional de mineração Brazzore para a instalação de um terminal de exportação de minério em Itacuruçá, também no litoral da baía de Ilha Grande.

FONTE: ANGRANEWS

 

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