Pesquisar este blog

quinta-feira, 10 de março de 2011

HISTÓRIA DO GRUPO TEATRAL CUTUCURIM

GRUPO TEATRAL CUTUCURIM
Os atores João Novaes, Mário dos Anjos, Monique Eucário, Flaviana Ayres, Evelyn Ramos, Maykon Renan e Márcia Brasil estão alçando vôos que fazem bem para todos que torcem pelo crescimento do teatro na região. Eles formam um dos grupos mais premiados de Angra, o Grupo Teatral Cutucurim, que iniciou a temporada 2011, no sábado dia 5 de fevereiro, no Sesc Tijuca (RJ), às 17h, apresentando o bonito espetáculo que valoriza a arte popular, “O piolho, a caolha, a morte e as quatro irmãs que não deveriam falar”.
O Sesc Tijuca, funciona na Rua Ernesto de Souza, 143 e o espetáculo ficou em cartaz até o dia 27 de fevereiro, durante todos os sábados e domingos, a partir das 17h. Os ingressos variavam de R$ 12,00 (inteira), R$ 6,00 (meia) e R$ 3,00 (comerciários do Sesc). Para mais esta empreitada, o Cutucurim está recebendo total apoio da Fundação Cultural de Angra (Cultuar).
_ A função da prefeitura e da Fundação Cultural de Angra é apoiar todas as iniciativas que engrandeçam a arte local e possibilitar que públicos diferentes a conheçam. O Cutucurim está de parabéns. É um dos grupos de teatro de Angra que mais viajam divulgando os valores de nossa terra e agora estão sendo novamente reconhecidos ganhando mais esta temporada no Rio de Janeiro - lembra o presidente da Cultuar, Paulo Mattos.

“O piolho, a caolha, a morte as quatro irmãs que não deveriam falar”, conta histórias cheias de magia, música, dança e emocionam crianças, jovens e adultos. A temporada 2011 no Sesc é mais uma conquista do Cutucurim, que teve o espetáculo selecionado entre os 10 primeiros, de um grupo de 300 inscritos no Edital 2010 da 10ª Mostra Sesc CBTIJ (Centro Brasileiro de Teatro da Infância e Juventude).

Em 2010, através desse mesmo prêmio, o grupo apresentou “O piolho e a caolha” em seis cidades do Estado do Rio: Teresópolis, Nova Friburgo, Caxias, Campos, Barra Mansa e Rio de Janeiro (Madureira e Pavão Pavãozinho). No Pavãozinho o espetáculo foi apresentado, para mais de 400 crianças da comunidade, dentro do projeto Solar Meninos de Luz. Ainda no ano passado, o espetáculo recebeu três estrelas na Veja Rio e ficou entre as cinco melhores produções em cartaz no Rio. Portanto vale a pena prestigiar os artistas de Angra, se emocionar e dar boas risadas.

O ator do Cutucurim João Novaes conta que a peça estreou em 2009 em Angra, depois de uma pesquisa de seis meses, feita pelo grupo em cima do universo de Câmara Cascudo e do teatro narrativo do autor do texto e diretor, Ribamar Ribeiro, que é referência no Brasil inteiro. Trabalharam também com músicas de domínio popular, passando do maracatu ao aboio ( aquelas cantadas pelos sertanejos para juntar o gado), hinos religiosos, ladainhas, missas, procissões e cantos de rezadeiras.

Em Angra, “O piolho, a caolha, a morte e as 4 irmãs que não deveriam falar” foi apresentado seis vezes. O espetáculo também foi sucesso no Paraná e no Maranhão, quando o Cutucurim foi indicado como melhor grupo visitante na Semana de Teatro do Maranhão, e ao Prêmio Sated 2010 - do Sindicato dos Artistas e Técnicos.





O que conta e canta o espetáculo “O piolho, a caolha, a morte e as 4 irmãs que não deveriam falar”

Segundo João Novaes, junto com o autor, os integrantes do Cutucurim escolheram as histórias e mergulharam no universo das tradições populares. “O espetáculo é como uma colcha de retalhos onde são revividas a fábula de uma princesa que criava um piolho; o melodrama de uma mulher caolha; a comédia de uma mãe que tinha vergonha das filhas que falavam errado; e o lúdico, que trata a morte de maneira entusiasmante. Tudo isso faz com que o público se integre aos contos. No final de uma das apresentações um comentário de um menino me chamou a atenção. Ela olhou para a mãe e disse: Mãe, era tudo um sonho! E aí ficamos todos felizes. É muito gratificante perceber que atingimos um de nossos maiores objetivos, que é o de encantar uma criança", diz João.

O espetáculo já foi visto por mais de quatro mil pessoas. É de autoria e direção de Ribamar Ribeiro com preparação vocal de Fabrício Ramos e Karina Ochoa. As músicas foram gravadas pelo Grupo Zangareio e PC Castilho (Angra) e o figurino e maquiagem é de André Vital - figurinista de várias escolas de samba do Rio de Janeiro. O cenário colorido e cheio de vida é do artista Cachalote Mattos. Todos do elenco são pratas da casa.


Um pouco da história dos Cutucurins

O Cutucurim mantém viva a pesquisa em cultura popular fazendo um paralelo com informações contemporâneas e ligando o erudito com o popular. A musicalidade é uma das marcas mais bonitas do grupo, tanto é que nos festivais onde participa sempre fatura a premiação do quesito música. Todos atores fazem oficinas musicais, cantam, dançam e tocam instrumentos. Também já realizaram trabalhos com músicos tradicionais da cultura popular de Angra, como Fernando Grande, que compôs as músicas do espetáculo do "Vaqueiro que não sabia mentir".

O grupo foi fundado em 1987 pelos artistas de Angra, Narciso Telles, Mário dos Anjos e Márcia Brasil. A formação atual vem de 2001, depois de uma oficina da prefeitura, minstrada por Mário dos Anjos, no Centro Cultural Theophilo Massad. Desde essa época, juntos eles encenaram diversos espetáculos como “A lenda da padroeira”, “O auto do trabalhador”, “ O vaqueiro que não sabia mentir” e muitas outros, todos premiados e sucesso de público, tanto na rua como em espaços fechados.

Foram os fundadores do grupo que o batizaram como Cutucurim, uma homenagem aos guarani da aldeia de Angra. Cutucurim significa em guarani a águia real, a que alça o maior voo. E para nossa alegria, os Cutucurins estão fazendo juz ao nome, voando, voando...

FONTE: Site da Cultuar www.fundacaocultuar.com.br

PESQUISA: RICHARD MARX RODRIGUES DO NASCIMENTO

Nenhum comentário:

Postar um comentário